terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nação



Clara Nunes foi, para mim, a maior cantora brasileira de sempre. E para minha tristeza, vejo que sua obra anda meio esquecida. Quando se fala das grandes divas da nossa música, somente ouço o nome de Elis, Gal e Bethânia.

 Há quem diga que o problema de Clara é que seu repertório foi muito limitado ao samba. E qual o problema? Além do mais, isso é uma verdade parcial. Em meio aos seus maravilhosos sambas, pintam, aqui e ali, forrós, canções de protesto típicas do anos 1970, boleros e canções de dor-de-cotovelo.


 Nação é seu último trabalho, antes da morte estúpida e prematura, com  40 anos de idade. Além da emblemática canção-tema (de autoria de João Bosco, Aldir Blanc e Paulo Emílio) há canções de inspiração afro-baiana (Ijexá e Afoxé para Logun), uma homenagem ao Império Serrano (Serrinha) e as tradicionais baladonas (Novo Amor). A lacuna que ela deixou jamais será preenchida.

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