terça-feira, 23 de outubro de 2012

Station To Station

O jornalista e crítico da Folha, André Barcinski, traz em seu blog Uma Confraria de Tolos - o meu preferido atualmente - uma postagem sobre o sumiço do inigualável David Bowie e as especulações a respeito das possíveis razões para esse recolhimento precoce.

Como todo grande fã de Bowie - e acho que não existe nenhum artista que eu tenha ouvido, admirado e amado tanto quanto Bowie - eu sinto muito sua falta.

 Ao contrário de muitos medalhões de sua geração, Bowie nunca despencou criativamente ( a bem da verdade, aquele disco de meados da década de 1980, Never Let Me Down, é podre de ruim) e seus últimos trabalhos - Reality, Heathen e Hours - são muito bons, discos maduros que não soam boçais.

Nunca consigo determinar qual meu Bowie preferido. Há tantas coisas boas em todas as suas fases que reduzir-se a apenas uma obra é tarefa quase impossível. De tempos em tempos me pego ouvindo mais uns que outros.

Hunky Dory e Aladin Sane são perfeitos, exóticos, melodramáticos e espertos em sua estrutura pop.
The Rise And Fall Of Ziggy Stardust é uma clássico absoluto, um disco que pode se gabar facilmente de ser um divisor de águas. E a trilogia de Berlim - Low, Heroes e Lodger - são discos de vanguarda, verdadeiras obras de arte.

Entre tantas pérolas, um forte candidato a obra-prima absoluta é Station To Station, um disco de transição entre a fase americana e a eletrônica dos discos alemães.

São apenas seis músicas. A faixa título tem mais de dez minutos e não cansa em momento algum. Há duas baladonas de arrancar lágrimas (World On A Wing e Wild Is The Wind), uma faixa originalmente composta para Elvis Presley (Golden Years) e dois rocks que até hoje arrasariam em qualquer show do Camaleão - TV15 e Stay.

Se Bowie resolveu se aposentar de vez o azar é só nosso. Que ele curta sua merecida vadiagem.

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